sempre gostei muito de auto retratos. é bacana perceber a intensidade de emoções e o motivo da foto no rosto e gestos do próprio fotografo, no caso.
no meio de muitos "mais do mesmo" , o sempre atento às musas fotogênicas fotógrafas FOFÃO, me mostrou os retratos de Francesa Woodman. me surpreendi. ela dribla com muita facilidade a estabilidade e até segurança daquele plano tradicional e estático do tripé. inunda a imagem com suas poses naturais não posadas, cenários surreais sempre desgastados pelo tempo com manchas de bolor e paredes descascadas, semelhantes aos de Jan Saudek, abusa dos desfoques pelas longas exposições e figurinos cotidianos de maneira inusitada.
retrata o corpo feminino com facilidade, naturalidade e intimidade garantida à algumas mulheres.
começou a fotografar muito cedo, aos 13 anos. seus pais eram artistas boemios -ela ceramista e escultura, ele pintor e fotógrafo- eles deviam ser bem loucos, mas, infelizmente tiveram que lidar com o suicídio precoce de francesca.
o que eu fiquei de cara foi que em todos os blogs que eu pesquisei, só ressaltavm a sua "psique frágil" e "ó meu deus como ela era perturbada, dá pra ver isso em suas fotos". ai ai, conclusoes idiotas e superficiais, dignas de anencéfalos! haha. bom, não foi essa a impressão que tive ao ver suas fotos. elas são tão transparentes, francas e intimistas...não há como não se identificar.
não, não vou escrever aqui com quantos anos ela se matou, ou as teorias imbecis que tentam retardadamente explicar o inexplicável. pra mim o interessante são suas fotos... o suicidio eu deixo pros produtores de hollywood.
e pra quem ta em SP ou mora lá, tá rolando uma exposição com as fotos dela! É ATÉ 04 DE AGOSTO e de graça!! SEUS MALDITOS BASTARDOS SORTUDOS DE SP, vcs temmm que ir!
Mostra
Mendes Wood
Seg. à Sáb, das 10h00 às 19h00
Até 04/Ago
Rua da Consolação, 3358, São Paulo – SP
(11) 3081-1735
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