quinta-feira, 14 de abril de 2011

Dizzaster Rock's!!!


Tava com saudades?
Eu Voltei!!!
Com a entrevista e algo +.
Hj vai ser isso!

Eu vou falar novamente do Record Store Day, qe rola no próximo sábado.16 abril.



Grande celebração anual, agora em seu quarto ano, que reune artistas de grande e pequeno porte soltando especiais, principalmente releases somente em vinil. Alguns tornam o material disponível exclusivamente para um local. São estabelecimentos independentes em todo o mundo com literalmente centenas de títulos especiais para serem lançados. Não eh qualquer coisa. Tem Nirvana, Foo Fighters, White Stripes... Este ano, rola uma ênfase especial em covers.

 No site oficial do Record Store Day, você pode ver a lista completa de versões e encontrar o seu revendedor local. Esse evento não está ocorrendo no Brasil. Ainda!


Dentre as centenas de lançamentos do caralho qe rolam no evento. Vide o Beastie Boys. Vai rolar o albúm "Covers" do Franz Ferdinand. Leia bem! Não eh essa merda cover qe tah rolando aki em Londrina. Não será um disco de covers do Franz. É um disco com Peaches, ESG, Debbie Harry (Blondie), entre outros fazendo cover do Franz Ferdinand. O recem finado LCD Soundsystem contribuiu com uma versão de "Live Alone", que chegou à web via Pitchfork.
 James Murphy e sua banda transformam o funk-punk enérgico em uma viajem disco-banger de sete minutos. Bowie nos anos 80. sintetizador Spacey. Guitarra elétrica Weirdo. A contribuição do LCD retrubui a clássica  versão de "All My Friends", do LCD, qe o Franz Ferdinand gravou em 2008.
Pra começar vc pode ouvir a música logo abaixo...



LCD Soundsystem - Live Alone (Franz Ferdinand cover) by DominoRecordCo

Depois eu solto ela para vcs baixarem. Antes eu preciso falar qe o final de semana tah prometendo aki em Londrina. Dia 15, sexta feira, na Garagem Hermética vai rolar a festa homenagém "10 Anos Sem Joey Ramone". Por R$ 12 vc vai ver os DJs  CIBIÉ (GARAGELAND) & DANIEL THOMAS (ROCK DE RUA) + as BANDAS: TOKYO SAVANNAH (SP), ELEKTRO SHOCK COMBO + CONVIDADOS (JAM SESSION). Vai começar as 23h. Tem apoio da Culttura Inglesa.



Lembrei qe eu tinha qe falar do Beastie Boys. Da "primeira faixa do "Talvez" álbum "Hot Sauce Committee Part Two". A musica foi um retorno a sonoridade clássica dos anos 80. Mas em seu segundo som, intitulado "Tadlock's Glasses", o trio de rap de New York mostrou-se mais uma vez totalmente avant-garde. Eh a faixa mais estranha a vazar nos últimos tempos. A música estreou na BBC. Mas vc consegue ouvila aki.


  Ela tem uma vibe impressionante solta, semelhante à improvisação dos álbuns recentes. O som criado por Mike D, Ad-Rock e MCA. Conjuntos densos de sintetizadores fortemente modulados. Os meninos falando versos indecifráveis. Com todos os tipos de efeitos selvagens. Se eu me lembrar depois falo sobre a "Beastipedia" qe virá na versão comercial do albúm.








Vixi Lembrei de falar tb qe sabadão vai ter AFRO-BRASILIS. No sábado, dia 16, a Garagem Hermética será palco do “Anima Afro Brasilis”, um evento que vai reunir música, dança e exposições fotográficas com o objetivo de celebrar a cultura brasileira.

A balada começa as 23h.



Vai ter o samba-rock da banda Bacalhau Samba Rock Club e os clássicos de Jorge Ben, Trio Mocotó e João do Vale entre outros.

Em seguida rola show da banda Ponto Enredo. Eu não conheço o som dos caras. Não comentarei. Parece qe eles tocam músicas de artistas e grupos de expressão nacional como Pedro Luís e a Parede, Otto, Planet Hemp e Nação Zumbi. Mas tb tocam outros coisas como Mamelungos de Recife (PE), Feira Livre (RJ) e Eddie (PE). eu soh conheço o som do Eddie, mas... Ótima oportunidade para conhecer o som das outras bandas tb...

Por falar nisso o Roaming rock vai dar 2 entradas para essa Festa.

Os convites custam R$ 10 e podem ser adquiridos na Garagem Hermética que fica na avenida Jorge Casoni, 2.242.

Se vc for afim de concorrer a umas das entradas. Deixe seu nome nos comentários. Basta pedir a entrada e deixar o nome + contato. Sem frescuras. ateh sabadão sai entrevista com uma das organizadoras e quase lenda viva da cidade. Jessica Rezende...
Caralio eu ja ia ficar aki viajando. 2 da matina. Fazendo trampo da facul e escrevendo aki pro Roaming rock. Sabendo qe amanhã cedo tenho qe tar de pé pra ir me alienar no meu magnifico trampo de vendedor de internet banda larga. Disfarce nº 1!

E eu ainda qeria falar qe o brazilian cajuns gravou cenas do seu 1º clip, ontem (anteontem pra qem segue a lei do relógio) mas naumvai rolar. Segue a entrevista com o Dizzaster e ateh sabadão eu posto + pra vcs...





Já se passaram alguns anos desde que eu vi a banda num show que vcs fizeram abrindo para o Thunderbird e Devotos de NS, no mesmo valeco de hj. O que mudou desde aquele show? Aproveitando o embalo nos conte como surgiu o nome Dizzaster e o que mais influenciou a formação da banda?


Desde o show com o Thunderbird até agora a banda passou por algumas transformações, lançamos primeiro EP, participamos no ano passado da coletânea +Soma Amplifica #3, de São Paulo-SP e
mudamos de baterista, o Kiko saiu e entrou o Léo Cacione. Estamos compondo material para gravar um disco cheio esse ano, com planos de lançar até o próximo semestre. 


A sonoridade da banda mudou um pouco com a entrada do Léo, está mais rock´n´roll e redonda, com uma pegada intensa, peso e com mais melodia, quem for nos próximos shows vai se surpreender. 


O nome Dizzaster surgiu de um livro em que eu estava trabalhando como preparador de textos, chamado mordidas Sonoras, do Alex Kapranos, líder do Franz Ferdinand. O livro era um compilação de textos que ele escreveu para o jornal britânico The Guardian durante uma turnê de mais de 2 anos da banda, contando as experiências gustativas e pratos que ele experimentou em suas viagens pelo mundo. O nome de um dos pratos que ele experimentou era “rolinhos dizzaster”, se não me engano era comida
italiana. Estávamos à procura de um nome e eu sugeri Dizzaster, a galera gostou e acabou ficando. E o mais louco é que tem tudo a ver com o som da banda e com a época atual.


Eu sempre encontrava o Bays na balada e conversava com ele sobre montarmos uma banda, ele tinha saído da banda dele e eu também tinha acabado de sair de duas bandas que eu tocava e estava na pilha de voltar a tocar logo. Daí ele conheceu o Kiko e formamos a banda em 2007, depois de três anos o Kiko saiu e o Léo assumiu as baquetas.


Quais as influências e processos na composição da banda? Conte-nos sobre a experiência coletiva mais legal do grupo.


Cada um traz uma influência diferente, eu gosto bastante de rock antigo, anos 50 a 70, proto-punk, da cena punk e pós-punk brasileira dos anos 80, das bandas do cenário punk/indie/garage/grunge americano dos 80-90, algumas bandas de metal no estilo Sepultura, Motörhead e Pantera e bandas mais recentes, tanto gringas quanto brasileiras, tá aparecendo bastante banda boa no cenário independente nacional
atual. Gosto bastante de funk americano, de soul music também e de power trios como Jimi Hendrix Experience, Dinosaur Jr., Minutemen, Meat Puppets, Nirvana, Primus, Hüsker Dü, esse é o formato do Dizzaster.


O Bays (baixista) tem uma pegada mais punk rock e curte bastante rock em geral e indie. Eu e ele compartilhamos o gosto por bandas como MC5, Iggy Pop & The Stooges, Jane´s Addiction, Queens of the
Stone Age, Bad Brains, Grand Funk, Nirvana, Dinosaur jr, Melvins, Pixies, Sonic Youth, Nine Inch Nails, Trans Am, só pra citar algumas.


O Léo (baterista) traz influências do jazz, rock, hardcore e ska com uma pegada mais clássica de bateria, mas também com peso. Além disso, cada um de nós tem influências das bandas pelas quais já passamos: Espíritos Zombeteiros, Vermes do Limbo, Picaretas e Mudcracks.


Pra compor, na maioria das vezes eu e o Bays trazemos idéias de músicas um ao outro, compomos um esqueleto da música e daí entramos em estúdio pra ensaiar e fechar as idéias com a bateria, daí inserimos alguma coisa aqui e tiramos outra coisa ali e a música vai tomando forma. Às vezes eu ou ele trazemos uma idéia já semi-pronta e vamos lapidando. Nos ensaios em estúdio eu desenvolvo uma idéia pro vocal e a partir daí vou compondo as letras das músicas. Algumas idéias de músicas surgem em
estúdio também, a partir de jams.


A experiência mais legal como banda foi o show que fizemos Agosto do ano passado no Espaço +Soma,em São Paulo. Tocamos junto com a minha outra banda, Espíritos Zombeteiros, o espaço estava cheio e
foi a estréia do Léo na bateria, foi muito foda o show, com direito a guitarra jogada no chão, a galera curtiu
muito o show. Muitos amigos que eram de Londrina foram ao show e gostaram bastante da banda, estava um clima muito bom. Uma das maiores conquistas pra nós como banda foi termos sido convidados pra participar da coletânea +Soma Amplifica #3, no ano passado.


Quais as dificuldades que vocês encontram para se manter na cena independente de Londrina?


Tocamos bastante em Londrina até o começo do ano passado e agora estamos começando a tocar mais fora e a intenção é fazer shows por aqui mais esporadicamente e fazer a banda circular por outras
cidades e estados. Em Londrina é muito difícil conseguir reconhecimento e público, o meio roqueiro da cidade é fechado e polarizado em grupos e isso acaba enfraquecendo a cena. De uns tempos pra cá o público do rock em Londrina parece ter diminuído bastante e só aparece em festivais como o Demo Sul ou quando rola show de alguma banda de destaque vinda de fora. O produto londrinense ainda é pouco valorizado e há pouquíssimas bandas e produtores fazendo algo relevante atualmente pela cena roqueira
da cidade. É impossível uma banda se manter fazendo rock em Londrina, mas essa também é uma realidade do rock no Brasil, ninguém vive ou se mantém só de rock, infelizmente.


O Dizzaster enfrenta uma certa rejeição em Londrina e fora daqui o nosso som é bem mais compreendido e apreciado por quem ouviu a banda ou viu os shows. Isso é muito estranho, deveria ser o contrário, mas os tempos são outros e a realidade do rock autoral em Londrina é bem diferente de uns 7, 8 anos atrás, quando havia uma cena forte de bandas.


O nome da banda já começa a repercurtir fora da cidade, em capitais importantes. Tem gringo
amigo do blog pedindo mais músicas do Dizzaster. Como está o atual cenário de shows da banda,
as expectativas, vcs estão mandando material pra festivais da gringa tb?


Obs: "O roaming rock apóia o Dizzaster no SXSW 2012!"


Bom saber que há pessoas pedindo pela banda, ficamos gratos!
Por enquanto estamos compondo material novo e focando em ensaios pra gravação do nosso disco, provavelmente entraremos em estúdio até o meio do ano, já tem músicas muito boas saindo. Ano
passado tocamos duas vezes em São Paulo-SP e também em Bragança Paulista-SP e foi demais, a recepção foi muito boa e a intenção é conseguir tocar mais em São Paulo-SP e interior paulista e em
cidades de outros estados também, como Goiânia-GO, Uberlândia-MG, entre muitas outras, o Brasil é grande e estamos buscando uma inserção maior no cenário independente nacional.


O SXSW seria um sonho realizado, nunca nos inscrevemos em festivais gringos, fica como sugestão, já que essa também é uma meta que buscamos atingir um dia. Aliás, muito obrigado pelo apoio ao Dizzaster no SXSW 2012, quem sabe esse sonho não se realiza no ano que vem, se o mundo não acabar antes...
eheheh, vamos nos inscrever com certeza!


O que o rock trouxe para a vida de cada um de vocês, o que ele ensina para vocês?


O rock traz o maior desafio de todos, o desafio diário, a conquista de espaço, reconhecimento e do gosto e admiração das pessoas fazendo arte. Rock é identidade, personalidade, vontade, persistência, amor, suor e gozo, a sensação de estar no palco é indescritível. O rock é como a vida, a superação constante
de barreiras, entre perdas e ganhos o fato de estar fazendo rock é uma vitória. Se um dia conseguirmos fazer a banda circular mais, ser mais conhecida e reconhecida dentro do cenário, estaremos felizes.


Quais os planos para o futuro?


Gravar e lançar um ótimo disco até o segundo semestre de 2011 e retornar aos palcos com força total antes do meio do ano, com um show novo. Aguardem, surpresas interessantes virão.


Que dicas fundamentais vocês dão a bandas que ainda não alcançaram um espaço na cena? Um toque para os donos de bares e afins... E tb uma convocação a todos aqueles que curtem rock mas
ainda estão presos a mesmice do circuito cover londrinense.


Tem que gostar muito do que faz, amar mesmo e respeitar a música e as pessoas. E produzir sem parar, mas sem aquela coisa mala de se levar a sério demais, que é o que mais tem em Londrina. Falta
humildade pros músicos na cidade, não só do rock, rola muita competição nociva quando deveria haver mais reconhecimento mútuo pelas qualidades de cada um.


Buscar novos horizontes fora de Londrina é muito importante, que é onde se conquista espaço e reconhecimento, não adianta ficar dando murro em ponta de faca por aqui. E também não adianta manter aquela pretensão de “fazer sucesso e aparecer na tv”, o negócio é ser persistente, fazer o corre e compor
músicas boas, que é o mais difícil, daí as coisas vêm.


Entre os donos de bares, quem realmente valoriza o cenário autoral local é o Chammé, do Bar Valentino, o restante está muito preso ao imediatismo comercial da reprodução do cover e especiais, o que não contribui em nada para a formação e consolidação de um cenário do rock autoral. Infelizmente ainda
rola muita brodagem, o público e os músicos estão acomodados e mal acostumados com bandas tocando repertórios inteiros de outras bandas já famosas, se conformaram com as mesmas bandas e já
estão curtindo mais as bandas cover do que as autorais. O papel dos donos de bares é fundamental na formação de público de rock autoral, mas a realidade em Londrina hoje é totalmente o contrário, salvo raríssimas exceções.


Essa é uma mentalidade provinciana que está sendo reproduzida pelo público que, por sua vez, deveria prestigiar os shows das bandas autorais locais e de fora que têm se apresentado na cidade. Ultimamente, até o público dos shows de bandas de fora que vêm se apresentar em Londrina tem diminuído, todo
mundo reclama que Londrina não tem nada e quando aparece um show legal muita gente não sai de casa ou prefere ir no show das bandas cover, ou então reclama que o som da banda não é legal sem nem conhecer, coisas assim. Falta abertura do público para aceitar o que é novo e o cenário só vai sair da mesmice e crescer quando os donos de bares, produtores, bandas e o público se mexerem para mudar essa situação.

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